sábado, 14 de abril de 2012

Não somos apenas o que comemos, mas o quê e o quanto lemos!







Para alguns uma companhia inseparável, para outros, um esforço necessário. O gosto pela leitura é tão necessário e saudável ao conhecimento, quanto o oxigênio para nossas células. Seja a leitura através de jornais, revistas, ou através da internet, o gosto pela prática pode ser aprendido, conquistado e mantido por toda a vida. A busca pelo lúdico, ou por assuntos de interesses pessoais é um ótimo caminho para inserirmos este hábito no nosso dia-a-dia.

Não basta que tenhamos boas ofertas de livros em livrarias e bibliotecas se não desenvolvermos projetos que discutam e seduzam novos leitores. Mesmo as bibliotecas escolares e públicas já existentes, em sua imensa maioria, não cumprem sua função de formar novos leitores e estimular os já existentes. Para imaginar como o ambiente de uma biblioteca poderia ser muito melhor, é fácil. Pense nas livrarias. Elas têm o mesmo produto para nos apresentar: os livros. A única diferença é que uma visa o lucro e a outra não. Pois bem, qualquer pessoa é capaz de ficar horas dentro de uma. Você tem acesso direto aos livros, pode experimentá-los o quanto quiser, tem poltronas confortáveis à disposição, internet e até lanchonetes e cafés. Enquanto isso, às vezes é preciso uma enorme força de vontade para permanecer mais do que alguns minutos dentro da maioria das bibliotecas.          

Todos temos culpa nessa história. O governo, por não investir o necessário na educação, e ainda menos em bibliotecas e centros culturais. A população, por não cobrar como devia esses investimentos. Os pais, por não estimularem a leitura dentro de casa. E os profissionais da área, professores, bibliotecários, por também não buscarem novas formas de trabalhar o prazer pela leitura em seus estudantes e usuários. Um ciclo que gira e permite a formação escolar de pessoas sem a mínima compreensão de leitura, algo até mais grave do que o analfabetismo. Afinal, de que adianta saber quais letras estão escritas sem entender o seu real significado?
Uma vez adquirido o hábito, precisamos aprender a refletir a leitura como uma ferramenta de mudança. Essa mudança pode ser de situação econômica, percepção da vida, de crescimento espiritual, para os que crêem nisso, mas acima de tudo, de transformação pessoal e social.