quarta-feira, 25 de agosto de 2010

AMANTES....


Por Josi Cristiane

Um belo dia, em uma tardezinha encantada você irá encontrar a sua alma gêmea, aquela que corresponderá todas as suas expectativas, suas necessidades e seus sonhos, certo? ERRADO!

 Essa fantasia que cantores e poetas gostam tanto de perpetuar, tem suas raízes na memória do útero materno. Onde estávamos tão seguros e "unificados" com nossas mães, que passamos a buscar isso durante toda nossa vida.  Mas falando crua e friamente, não passa de um sonho infantil...

Sabemos que "sozinhos" chegamos e "sozinhos" partiremos... Colocar a responsabilidade de nossa felicidade nas mãos de outra pessoa é uma idéia absurdamente ilusória. Queremos estar com pessoas porque nos sentimos sós,  pois o "isolamento" é desconfortável.

 Então, buscamos fora o que não encontramos dentro, procurando neutralizar isso com um relacionamento. O que acontece a partir daí, é a ilusão que conhecemos pelo nome de "paixão". "Caímos" de amor, porque não conseguimos ficar sozinhos... Nada mais do que isso!

Observando idas e vindas, tanto minhas, quanto de outras pessoas, tenho percebido indevíduos que terminam um relacionamento e, pelo "medo" de estarem sozinhos, engatam outro, num piscar de olhos. Se preciso, em minutos! Seria o mesmo que descermos em uma parada de ônibus e, em seguida, embarcarmos no próximo  que estivesse passando. Uma atitude quase que instantânea, automática!!!

 Isso prova o quanto o amor não era pelo outro, mas pelo o que ele representava e preenchia do seu próprio vazio... Relacionamentos desse tipo, acabam se tornando repetitivos, pois não se têm AMOR para dar, apenas a necessidade de buscar um AMOR que tenha "o quê" nos DAR!!! Tampa-se o "buraco" existente com o outro. Como se um relacionamento fosse uma espécie de remédio, negócio, contrato, tudo cuidadosamente calculado, manipulado...  

 Isso acontece devido a nossa incapacidade de lidar com a própria solitude. Ou seja, medo da própria companhia, do que possa encontrar estando apenas consigo mesmo... Esse tipo de comportamento tem sua origem no medo e na insegurança de lidar com os próprios sentimentos. Com ou sem alguém para tapar nossos "furos" internos, o vazio continuará lá... À procura de algo que só existe DENTRO de nós! 


Quando transcendemos essa necessidade de preenchimento através do outro, do "ter", ao invés do "SER", é que a nossa presença se torna TRANSBORDANTE!

 Nos tornamos tão plenos, que podemos preencher o universo inteiro, deixamos de ser mendigos, pedintes, para nos tornarmos energia pura, doadora, contagiante e encantadora! 

 O SIMPLES 'EXISTIR' JÁ NOS É SUFICIENTE!!!!

É preciso que SAIBAMOS que o amor verdadeiro não se desenvolve baseado na dependência física, sexual, emocional ou material por outra pessoa. Mas através do próprio amadurecimento, do auto-conhecimento, da presença de si mesmo.  Ai sim, passamos a ter tanto AMOR para DAR, que AMANTES serão espontaneamente ATRAÍDOS POR NÓS!

Esse é o único caminho para nos tornarmos AMANTES E AMADOS, pois SABEREMOS que antes (OU APÓS) qualquer coisa, teremos sempre a NÓS MESMOS!!!!


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

(DES)REPRESSÃO...



 Por Josi Cristiane


Hoje deu vontade de falar sobre um assunto que todos nós vivenciamos desde o momento em que nascemos. Sobre um sentimento chamado: "REPRESSÃO!" 

Desde os primeiros passos, somos condicionados a acreditar no que é "certo" ou "errado". Vamos acumulando coisas que gostaríamos de fazer, mas que, devido às condições sociais e culturais as quais estamos inseridos, acabamos reprimindo, rejeitando...

A história da "repressão" me faz analizar alguns fatos contraditórios em nossa sociedade. Como exemplo, podemos citar o papel de 'padres' e 'freiras' como agentes 'colaboradores' da ordem social. Me questiono como é possível "freiras" ministrarem cursos para "noivos", sendo que elas próprias não passaram, nem "nunca" passarão por tal experiência? Aprender sobre algo observando experiências alheias é uma coisa, através da própria vivência é outra. Completamente diferente!

Seria o equivalente a um profissonal de "mecânica" ministrar cursos de anatomia humana. E quanto aos padres? Que pregam o sexo somente após o matrimônio, sendo que vivem no celibatário? Pelo menos é o que diz a teoria. Será que eles realmente sabem como é estar do lado de cá? 


Onde está o "valor" do ensinamento, se vêm de alguém que não experencia na prática tal situação?  Justamente nos dias de hoje, onde a sexualidade dita as regras? Posso estar enganada, mas não é preciso ir muito além para saber que opinião, moral e "bons costumes" tem credibilidade através da "vivência", e não da ausência dela. Ao menos no meu ponto de vista é assim. O resto é "achismo", "linguirismo", "bláblábismo"... Acho que está aí a origem da minha dificuldade em dar "credibilidade" à opinião alheia. Pois acredito que só possa fazer sentido, vinda  de alguém que a tenha vivido...


Toda  "REPRESSÃO" que nos é imposta desde a infância acaba, querendo ou não, influenciando o nosso comportamento, a nossa maneira de sentir a vida...
 Observo muito isso nas pessoas que gostam de "comentar" fatos alheios. Não raro, muito do que dizem, é nada mais, nada menos, que "admiração reprimida" sobre as vivências de uma outra pessoa. Sim, admiração!!! Está aí um dos motivos pelos quais não ligo muito para "fofocas", tão pouco me importo com elas. Pois certamente ninguém comenta aquilo que não o "atrai", seja de maneira consciente ou não...
Se falamos de algo, de alguém, ou de alguma situação, mesmo que não saibamos reconhecer isso, há algo "escondido", "reprimido",  que diz: "gostaria de estar lá", ou "admiro a sua coragem", ou "o que eu sentiria se acontecesse comigo?"


REPRESSÃO é também um sentimento perigoso. O acúmulo de  "inibições" dentro de nós pode chegar a um ponto enlouquecedor!!!  Pois a loucura não é outra coisa se não toda a nossa repressão chegando a beira do "incontrolável".


Ninguém consegue viver o tempo todo como um soldadinho de chumbo. Afinal de contas, somos de carne e osso, temos sentimentos, fragilidades, desejos, vontades... Isso é viver!

Não precisamos reprimir nossos passos, nossos desejos, nossos sonhos apenas para corresponder às expectativas e exigências de uma sociedade doentia e infeliz. Precisamos sim, parar de abrir mão da nossa energia que quer fluir, da nossa vida, em troca de ser aceito pelas mesmas forças que nos aprisionam...

Para começar esse processo de "DES-repressão" sugiro alguns exercícios que podem ser úteis. Afinal de contas, se ainda não chegamos ao ponto de enlouquecer, socar um travesseiro, dar pulos de felicidade parecendo uma criança ou berrar contra o céu vazio, ainda é mais saudável que guardar tanta energia explosiva dentro de nós. Pior que a catástrofe de dar alguma coisa errada, é a catástrofe de não se permitir ser FELIZ!!!

E lembre-se: SUA vida é SUA (SUA, SUA, só SUA!!!!), e de mais NINGUÈM!!!!

REPRESSÃO nada mais é que a contradição entre o QUERER e o DEIXAR DE FAZER!!!!

Pense nisso!!!
FAÇA, VIVA, ACONTEÇA, ANTES QUE VOCÊ ENLOUQUEÇA!!!!


Deixo aqui uma frase que li "por ai" para refletir:
"A felicidade não é a recompensa da virtude, mas a própria virtude; não nos deliciamos com a felicidade pelo fato de refrearmos nossos apetites sensuais, mas, pelo contrário, por nos deliciarmos com ela, somos capazes de refreá-los."

Um excelente início de semana à todos!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

AMOR É ISSO, SEXO É AQUILO...


SEXO É ESPORTE.. AMOR É SORTE!
AMOR É PARA SEMPRE, SEXO TAMBÉM... SEXO É DO BOM, AMOR É DO BEM!


Por Josi Cristiane

 
O que chamamos de AMOR, nada mais é que a melhor maneira POSSÍVEEEL de nos relacionarmos com a vida, com o outro, com o mundo...
Mas falando de AMOR entre os sexos, não raro o confundimos com ATRAÇÃO SEXUAL (nível puramente físico, animal). Para que possamos experênciar os dois de uma só vez, é preciso desenvolver a COMPAIXÃO (nossa capacidade de compreender, de nos colocarmos no lugar do outro). Uma maneira entre tantas, de conquistarmos o tão desejado, poetizado e sonhado AMOR "VERDADEIRO", sublime, grandioso e encantador!

O problema do "AMOR" sexual é que este, nunca perdura. Quando nos tornamos conscientes de tal fato, é que amadurecemos e o celebramos em seu significado mais profundo, mais elevado. Onde desenvolvemos a generosidade, a entrega, o respeito pela individualidade, pelo lívre-arbítrio do outro. Experiência esta,  baseada na liberdade, isenta de expectativas, cobranças e da necessidade de satisfazer nossos desejos egoístas....

Nossa dificuldade em discernir uma coisa da outra está na maneira com que fomos condicionados para viver a nossa sexualidade. Seja através de expectativas exageradas, seja através de nossas próprias repressões.   Não estou dizendo com isso, que SEXO não possa ser TRANSFORMADO em AMOR. Até porque, hoje em dia tudo começa (ou termina) em SEXO... Seria hipócrita dizer que ele não seja necessário para a descoberta ou até mesmo para a concretização de um grande AMOR, mas o sexo deve ser a semente, não a flor.
 AMOR não é pedinte, é respeito, onde o resultado é COMPAIXÃO!

AMOR É DIVINO! O RESTO É ANIMAL!

PODEMOS TER OS DOIS..
SE SEXO VIR ANTES, MUITA SORTE E AMOR DEPOIS!!!!!!


Muito SEXO "DIVINO" e zero AMOR "ANIMAL"  à TODOS!!!!