Para alguns uma companhia inseparável, para outros,
um esforço necessário. O gosto pela leitura é tão necessário e saudável ao
conhecimento, quanto o oxigênio para nossas células. Seja a leitura através de
jornais, revistas, ou através da internet, o gosto pela prática pode ser
aprendido, conquistado e mantido por toda a vida. A busca pelo lúdico, ou por
assuntos de interesses pessoais é um ótimo caminho para inserirmos este hábito
no nosso dia-a-dia.
Não basta que tenhamos boas ofertas de livros em
livrarias e bibliotecas se não desenvolvermos projetos que discutam e seduzam
novos leitores. Mesmo as bibliotecas escolares e públicas já existentes, em sua
imensa maioria, não cumprem sua função de formar novos leitores e estimular os
já existentes. Para imaginar como o ambiente de uma biblioteca poderia ser
muito melhor, é fácil. Pense nas livrarias. Elas têm o mesmo produto para nos
apresentar: os livros. A única diferença é que uma visa o lucro e a outra não.
Pois bem, qualquer pessoa é capaz de ficar horas dentro de uma. Você tem acesso
direto aos livros, pode experimentá-los o quanto quiser, tem poltronas
confortáveis à disposição, internet e até lanchonetes e cafés. Enquanto isso,
às vezes é preciso uma enorme força de vontade para permanecer mais do que
alguns minutos dentro da maioria das bibliotecas.
Todos temos culpa nessa história. O governo, por
não investir o necessário na educação, e ainda menos em bibliotecas e centros
culturais. A população, por não cobrar como devia esses investimentos. Os pais,
por não estimularem a leitura dentro de casa. E os profissionais da área,
professores, bibliotecários, por também não buscarem novas formas de trabalhar
o prazer pela leitura em seus estudantes e usuários. Um ciclo que gira e
permite a formação escolar de pessoas sem a mínima compreensão de leitura, algo
até mais grave do que o analfabetismo. Afinal, de que adianta saber quais
letras estão escritas sem entender o seu real significado?
Uma vez
adquirido o hábito, precisamos aprender a refletir a leitura como uma ferramenta
de mudança. Essa mudança pode ser de situação econômica, percepção da vida, de
crescimento espiritual, para os que crêem nisso, mas acima de tudo, de
transformação pessoal e social.